sábado, 21 de abril de 2018

Cantigas Trovadorescas


As Cantigas Trovadorescas se dividem em dois grupos:

Cantigas líricas: Cantigas de amor e cantigas de amigo.
Cantigas Satíricas: Cantigas de escárnio e maldizer.


Nelas, o trovador procura traduzir os sentimentos femininos, falando como se fosse uma mulher. Na época, a palavra “amigo” significava “namorada” ou “amante”. O sentimento oriundo da submissão entre o servo e o senhor feudal transformou-se no que chamamos de vassalagem, preconizando assim, um amor cortês. O amante vive sempre em estado de sofrimento, também chamado de coita, visto que não é correspondido. Ainda assim, ele dedica à mulher amada (senhor) fidelidade, respeito e submissão. Neste cenário, a mulher é tida como um ser inatingível, à qual o cavaleiro deseja servir como vassalo.




  • Escrita em primeira pessoa
  • O eu-poético declara amor à dama
  • O cenário é rotina palaciana
  • A amada é reverenciada
  • Demonstração de servidão amorosa
  • A mulher é um ser inatingível, idealizada
  • O amor é idealizado
  • Sofrimento amoroso
  • Aflição e desgosto



Eram escritas e primeira pessoa sendo que o eu-lírico era sempre feminino, mas os autores eram homens em virtude de que as mulheres naquela época não eram concebidas o direito de alfabetização. Eram inspiradas em cantigas populares, sendo mais ricas e mais variadas no que diz respeito à temática e à forma, além de serem mais antigas. Tinham como cenário a vida campesina ou nas aldeias, e geralmente exprimiam o sofrimento da mulher separada de seu amado (também chamado de amigo), vivendo sempre ausente em virtude de guerras ou viagens. O eu-lírico compartilhava seus sentimentos, representados pela figura da mãe, amigas ou os próprios elementos da natureza, tais como pássaros, fontes, árvores ou mar.




  • Sofrimento da mulher separada do amante ou amigo
  • Angustia
  • Cenário é campo
  • Desejo entre nobre e plebeias
  • Reflexo da sociedade patriarcal



De origem popular, essas cantigas retratam uma temática originária de assuntos proferidos nas ruas, praças e feiras. Tendo como suporte o mundo boêmio e marginal dos jograis, fidalgos, bailarinas, artistas da corte, aos quais se misturavam até mesmo os reis religiosos, tinham por finalidade retratar os usos e costumes da época por meio de uma crítica mordaz. Assim havia duas categorias: o escárnio e mal dizer.

Cantiga de escárnio: Uma leve sutileza entre as duas, porém as cantigas de escárnio eram aquelas em que a crítica não era feita de forma direta ao utilizar uma linguagem conotativa.
Cantiga de maldizer: a crítica era feita de maneira direta, e mencionava o nome da pessoa satirizada, fazendo referência a situações relacionada ao adultério e destacava os palavrões.


  • Contexto político social
  • Crítica a sociedade e costumes
  • Trocadilhos
  • Ambiguidade
  • Linguagem chula
  • Tom de obscenidade
  • Relacionada a adultério, prostituição ou imoralidades dos padre






No Menu localizado no canto superior direito do Blog, tem disponibilizado um link com a cantiga de D. Dinis I "Ai flores, aí flores de verde Pino"


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2 comentários:

  1. Muito bom o conteúdo! Compartilha com o pessoal que ficou de exame, creio que irá ajudar bastante, adoraria ter visto esse conteúdo antes da NP1, rs.
    Adorei o questionário no final!

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