As
Cantigas Trovadorescas se dividem em dois grupos:
Cantigas
líricas: Cantigas de amor e cantigas de amigo.
Cantigas
Satíricas: Cantigas de escárnio e maldizer.
Nelas,
o trovador procura traduzir os sentimentos femininos, falando como se fosse uma
mulher. Na época, a palavra “amigo” significava “namorada” ou “amante”. O
sentimento oriundo da submissão entre o servo e o senhor feudal transformou-se
no que chamamos de vassalagem, preconizando assim, um amor cortês. O amante
vive sempre em estado de sofrimento, também chamado de coita, visto que não é
correspondido. Ainda assim, ele dedica à mulher amada (senhor) fidelidade,
respeito e submissão. Neste cenário, a mulher é tida como um ser inatingível, à
qual o cavaleiro deseja servir como vassalo.
- Escrita em primeira pessoa
- O eu-poético declara amor à dama
- O cenário é rotina palaciana
- A amada é reverenciada
- Demonstração de servidão amorosa
- A mulher é um ser inatingível, idealizada
- O amor é idealizado
- Sofrimento amoroso
- Aflição e desgosto
Eram
escritas e primeira pessoa sendo que o eu-lírico era sempre feminino, mas os
autores eram homens em virtude de que as mulheres naquela época não eram
concebidas o direito de alfabetização. Eram inspiradas em cantigas populares,
sendo mais ricas e mais variadas no que diz respeito à temática e à forma, além
de serem mais antigas. Tinham como cenário a vida campesina ou nas aldeias, e
geralmente exprimiam o sofrimento da mulher separada de seu amado (também
chamado de amigo), vivendo sempre ausente em virtude de guerras ou viagens. O
eu-lírico compartilhava seus sentimentos, representados pela figura da mãe,
amigas ou os próprios elementos da natureza, tais como pássaros, fontes,
árvores ou mar.
- Sofrimento da mulher separada do amante ou amigo
- Angustia
- Cenário é campo
- Desejo entre nobre e plebeias
- Reflexo da sociedade patriarcal
De
origem popular, essas cantigas retratam uma temática originária de assuntos
proferidos nas ruas, praças e feiras. Tendo como suporte o mundo boêmio e
marginal dos jograis, fidalgos, bailarinas, artistas da corte, aos quais se
misturavam até mesmo os reis religiosos, tinham por finalidade retratar os usos
e costumes da época por meio de uma crítica mordaz. Assim havia duas
categorias: o escárnio e mal dizer.
Cantiga de escárnio: Uma
leve sutileza entre as duas, porém as cantigas de escárnio eram aquelas em que
a crítica não era feita de forma direta ao utilizar uma linguagem conotativa.
Cantiga de maldizer: a
crítica era feita de maneira direta, e mencionava o nome da pessoa satirizada,
fazendo referência a situações relacionada ao adultério e destacava os
palavrões.
- Contexto político social
- Crítica a sociedade e costumes
- Trocadilhos
- Ambiguidade
- Linguagem chula
- Tom de obscenidade
- Relacionada a adultério, prostituição ou imoralidades dos padre
No Menu localizado no canto superior direito do Blog, tem disponibilizado um link com a cantiga de D. Dinis I "Ai flores, aí flores de verde Pino"
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Muito bom o conteúdo! Compartilha com o pessoal que ficou de exame, creio que irá ajudar bastante, adoraria ter visto esse conteúdo antes da NP1, rs.
ResponderExcluirAdorei o questionário no final!
Obrigada Vanessa!
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