sábado, 21 de abril de 2018

Trovadorismo em Portugal




No intuito de retratar a vida aristocrática nas cortes portuguesas, as cantigas receberam influência de um tipo de poesia originário da Provença, daí o nome poesia provençal, estavam relacionadas a determinados valores culturais e a certos tipos de comportamento difundido pela cavalaria feudal, que até então lutava nas cruzadas no intuito de resgatar a Terra santa do domínio dos mouros (povos oriundos do norte da África). Nas cantigas prevaleciam distintos propósitos: haviam aquelas em que se manifestavam juras de amor feitas à mulher do cavaleiro em que predominavam o sofrimento de amor da jovem em razão de o namorado ter partido para as cruzadas (poesias líricas), outras que a intenção era descrever de forma irônica, crítica aos costumes da sociedade portuguesa (poesia satírica), sendo esses os dois grupos de cantigas trovadorescas: 

  • Cantigas líricas: Cantigas de amor e cantigas de amigo.
  • Cantigas Satíricas: Cantigas de escárnio e maldizer.
Trovadorismo foi um movimento literário que surgiu na idade média no século XI, na região da Provença (sul da França), se espalhando por toda a Europa e deve declínio no século XIV, quando começou o humanismo.
Na Provença, o poeta era chamado de troubadour, e no norte da França recebia o nome de trouvère, cujo o radical é trouver (achar), ou seja, troubador é aquele que acha/encontra uma canção.
A idade média foi um longo período da história que esteve marcado por uma sociedade religiosa, pois a igreja católica dominava inteiramente a Europa.
O teocentrismo (Deus no centro do mundo) foi sua principal característica, com o homem ocupando papel secundário e estava a mercê dos valores cristãos. A igreja medieval era a instituição mais importante e a maior representante da fé cristã, ditando os valores, agindo diretamente no comportamento e no pensamento do homem, pois somente as pessoas da igreja sabiam ler e tinham acesso à educação.
Assim, a Catedral de Santiago de Compostela, centro de peregrinação religiosa, desde o século XI, atraía multidões. Ali, as cantigas trovadorescas eram cantadas em galego-português, língua falada na região.
O ano de 1189/1198 é considerado o marco inicial da literatura portuguesa. A Era Medieval da literatura portuguesa é dividida entre Primeira Época (trovadorismo) e Segunda Época (humanismo).
A primeira canção literária é “Cantiga da ribeirinha” ou “Cantiga de Guarvaia”, escrita por Paio Soares da Taveirós. Em 1418, Fernão Lopes é nomeado chefe dos arquivos do estado e suas crônicas tornaram-se marcos do humanismo em Portugal.
A linguagem do Trovadorismo é musical, poética, popular, dialógica, crítica, lírica e satírica.
Os trovadores: eram, em geral, artistas de origem nobre, que escreviam e cantavam as cantigas acompanhadas por alaúde, violas e flautas (poeta completo).
Jogral: grupo que declama poemas ou textos literários em coro, isto é, um coral falado (Saltimbanco, músico e compositor).
Menestrel: O poeta e bardo cujo empenho lírico referia-se a histórias de lugares distantes ou sobre eventos históricos reais ou imaginários. A medida que a corte foram ficando mais sofisticadas, os menestréis eram substituídos por trovadores  (músico da corte).
Segrel: Poeta medieval, que ia de terra em terra, desempenhando a sua profissão de trovador, recitando ou cantando as suas composições, recebendo pagamento por isso. (Trovador profissional)

Clique no link localizado na abra Menu (Trailer de filmes inspirados na Era Medieval), para saber um pouco mais sobre a vida na Era Medieval.

Faça um quiz testando o que você aprendeu sobre Trovadorismo.

Clique aqui para responder perguntas sobre o Trovadorismo

3 comentários:

  1. Ora ora ora...muito bom minha cara amiga. Hahhaha Adorei Ana, o conteudo esta bem completo e claro. Otimo material para estudo.Eu só senti falta, algumas vezes da pontuaçao, sabe, pq lendo perdi um pouco do folêgo. Nao me leve a mal flor. Beijos, mas em resumo esta muito bom. PARABENS

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada Carol, pela dica. Irei fazer algumas revisões e me atentarei mais nas próximas postagens.

      Excluir
  2. Parabéns pelo artigo Ana. Bem escrito e utilizarei nas minhas salas porque estou falando das Cruzadas...
    Att.

    ResponderExcluir